Eu queria ser leve, eu queria ser leve de modo a não sentir meu próprio peso. Eu queria soar leve de modo que as palavras flutuassem de mim até se esvaírem. Eu queria um pensamento desanuviado, ponderações solúveis.
Eu queria sentar na pedra mais alta para que o vento passasse através de mim, causando tão somente um frescor sutil de hortelã. Eu queria chorar todas as lágrimas do mundo, mas que elas não fossem salgadas para serem leves. E queria que nada disso fizesse qualquer diferença.
Seria bom se não houvesse começo ou fim, só a continuidade das coisas, isentas de processo, de mudanças dramáticas, ausentes de mim.
Saco vazio não pára em pé, e era isso mesmo que eu queria, ficar um tempo deitada em temperatura ambiente de mim, e mais nada.
- Elis Barbosa
Compartilho com vc o mesmo desejo...
ResponderExcluirvontade de deitar, fechar os olhos e esquecer... acordar, daqui um tempo e ver que tudo se encontra no lugar, tudo certo, sem faltar nem sobrar...
beijos
Já por aqui, amiga de minha alma, o tempo é para insônias. Como se a lucidez não admitisse intervalos. O que não é propriamente diferente do que sentes. É apenas a face fosca do espelho.
ResponderExcluirMinha cara, eu não acredito em fim, acredito em silêncio e barulho. Ou seja, algo silência e depois grita por aí. rs
ResponderExcluirbacio
Seguir em frente apenas e tão somente seguir a favor do vento do novo.
ResponderExcluirSigo aqui, com prazer!
ResponderExcluirMarcelo Zach
ResponderExcluirAs vezes dá mesmo vontade de ser uma plantinha, sem se preocupar com as mazelas humanas e viver de apenas de agua e luz, talvez pudesse me sentir mais útil a socidade como parte de um ecosistema importante para a vida, uma a vez que a humanidade ceifa tudo que é vivo!
Amigo Marcelo, dê só mais um dedinho de crédito à humanidade. A gente ainda é criança, não sabe de nada, está aprendendo. E aprender às vezes demora.
ResponderExcluirBeijos