segunda-feira, 13 de abril de 2009

Classificando gente... classificando eu?!



Esse fim de semana, numa daquelas situações curiosas que a vida, tão generosa, nos proporciona, encontrei-me em meio a uma discussão, digamos, interessante (?!), cujo interlocutor me interessava, na verdade... Enfim, atenta, pus-me a ouvir sobre a teoria de que as pessoas, no geral, podem ser enquadradas dentro de um perfil específico, dentre os diversos perfis dados pelo senso comum, que podem ser classificadas mesmo e que, desdobrando, pode-se inclusive saber antecipadamente “onde” chegar com cada uma delas se houver algum conhecimento de causa na questão dos perfis. And so on...

Direto ao ponto que de fato me interessava conhecer pergunto a pergunta óbvia e necessária, para ouvir que sou uma mulher de difícil classificação, que apresento algumas complexidades que tornam o meu enquadramento nos vários perfis existentes por aí uma questão delicada, mas que, com certeza absoluta (o absoluto foi contundente!), não sou a única a ser assim do jeitinho que eu sou.

Se foi um elogio ou um comentário honesto demais para a ocasião, eu mesma não saberia dizer, de qualquer maneira, olhando pelo lado bom da coisa, pode ser... então, decido não concluir nada de tudo isso, a não ser, talvez, de que sou assim, desse jeito aqui mesmo.

Idiossincrasias à parte, contradições à parte, peculiaridades à parte, e não sei nada de que parte falo aqui, fica o conforto da certeza alheia, que pego emprestada, de que não sou a única a ser assim, lembrando que “assim” não ganhou descrição específica, nem vago enquadramento, mas enfim, não sou a única.

Isso de, certamente, não ser a única me deu uma vontade enorme de fundar um clube, um clube de pessoas que são “assim”. Sendo o “assim”, dito pelo outro naquele esforço hercúleo de descrever algo que simplesmente lhe escapa, como a única palavra que pode conter tudo que te cabe, vindo a palavra “assim” acompanhada de uma expressão facial contraída com um sorriso cheio de dentes e um olhar de incompetência ao que se propõe (?!).

Houve efeito, não se pode negar que todo esse falatório teve o seu efeito e, de repente, me ponho a escrever na tentativa de reordenar o universo para inserir nele esses elementos descritivos de mim, ou ao menos, de um mim que o outro simplesmente contempla em total perplexidade.
Confesso, eu quase, mas quase, me senti especial.
- Elis Barbosa

11 comentários:

  1. minha classificação seria: macho-feminina-urbana-racional-pragmática-romântica de inspiração germânica-pró-direitos humanos- complicada - perfeitinha- meio feia-meio bonita- meio magra- meio gorda- meio interessada- meio desinteressante - convencida- insegura - sádica - anormal- neurótica - violenta- altruísta - impulsiva - indecisa. E muitas coisas mais que eu não lembro agora. e é claro esquecida. quantas de mim deve haver por aí? não sei.. tomara que nunca nos encontremos... eu não iria suportá-la.

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  2. Amiga!!!!!!!! Essa eh vc? Te amo!!! Tah linda!

    Beijos

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  3. Esse seu interlocutor que me desculpe, mas quanto mais achamos que sabemos de alguma coisa, mais ignorantes ficamos, especialmente se essa alguma coisa é o ser humano, tão complexo...e sim, tão ÚNICO. Elis, nunca te vi mas não conheço ninguém igual a você. =) Bjos, Kk

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  4. QUerida!!! Não conta pra ninguém, deixa ser nosso segredo isso tudo que vc falou! Inclusive a parte que me toca :O)!

    Mas saiba tb não conheço ninguém que seja repetido... seremos todas miopes?

    Beijos linda!

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  5. Classificação geral: ser humano, animal racional. Uma racionalidade instituída por um meio social arbitrária, o que torna viável a classificação de indivíduos a partir de padrões de comportamentos. O que o torna único é ser diferente do que foi “normatizado”, ou seja, “assim”, o que o torna especial, diferente do que se conhece por aí.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Anônimo (a) vamos ao debate ;O) Animal racional – de vez em quando, mas nem sempre, há coisas, darling, para as quais ninguém nunca terá razão ou explicação mesmo sendo dotado da capacidade de racionalizar ou explicar.
    “Uma racionalidade instituída por um meio social arbitrária, o que torna viável a classificação de indivíduos a partir de padrões de comportamentos.” Só se for na sua frente! Mais, só se for dos comportamentos que você conhece, os padrões de comportamento repetidos a mando de uma arbitrariedade social não dizem muito a respeito do outro, afinal ou ele anda vestido pelas ruas ou vai preso, mas entre um extremo e outro há nuances. Nem tudo que parece é!
    “O que o torna único é ser diferente do que foi “normatizado” – Anônimo, eu sou normal, estou dentro da norma, e olha que sem ajuda de medicamentos (ao menos por enquanto, hihihi), logo não posso ser “assim”... ou será que mesmo estando dentro da norma eu posso ser “assim”? Se este for o caso, então outros também podem ser “assim” mesmo que não se note nos primeiros encontros, logo, seria risco demais se pôr a classificar seres humanos. We will never know.
    Beijos, beijos!

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  8. Sim, racionais na sua essência independedente da constituição emocional, o que nos torna iguais ou ainda a partir da avaliação anatômica humana.Totalmente iguais realmente não somos, indiscutível,diria semlhantes,ou seja , similar mas não iguais, o que parece mas não é igual.
    A "avaliação" humana é como a brincadeira dos sete erros, quem sabe pode não ser divertido?
    Beijos.

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  9. Ora, ora, quem sabe? Mas nesse de apontar, marcar ou definir o que é "erro" ou diferença, corre-se o risco de escorregar para um jukgamento? Depois, quem brinca muito desses jogos pode ficar com o olhar viciado... sei não, prefiro não brincar com fogo!

    Beijos
    Elis

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  10. Não se trata de julgar mas sim de uma avaliação de comportamento, como simples observador de mundo. O ser humano deve ter altas definições científicas, sociológicas, em aplo aspecto, cabe a você examinar cada uma delas e tirar suas conclusões. História de como ser ser humano, cada um escreve a sua,aí esta a diferença de ser ser humano.
    Ah, que quem brinca com fogo amanhece molhado,rsrsrs.
    Beijos

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  11. Bom, são as diferenças que me importam, então, se chegamos nela, fico feliz!

    beijos e identifique-se em segredo, só pra mim... estou morrendo de curiosidade para saber com quem troco assim, tão bom!

    Elis

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Troca comigo, meu texto pela sua impressão dele ;O)