segunda-feira, 23 de abril de 2007

Ai, ai...


Ai, ai...

Ai, ai, como me dói o peito ao te ver partir tão decidido
Em desalinho fico sem destino, tão perdido
Levas contigo contido dentro desse olhar felino
todo meu desatino de tanto amar e deixas-me com o que resta!
o fim da festa, e agora José, o que me sobra senão o fastio
da já recomendada continuidade da calmaria das frivolidades...

Vagar... di vagar lentamente por esses restos, por esses fins
Tentar tenazmente juntar-me a eles esvaindo, derretendo...
diante da imagem dos teus olhos de mel, de mal comigo
do teu sorriso de marfim, afim de qualquer outro ou de outro qualquer, menos de mim...

Será, que se por um momento somente juntar-me aos restos poderei “déjaveu”
Que não tenhas ido?

Busco mas certamente não o encontro, não encontro o José nem no João, nem no Paulo
nem no Ricardo...encontro só o escárnio desta vida que te levou
pra ensinar a lição que ainda não aprendi, qual seja, meninas boas ganham o prêmio
meninas más ganham o perdido

Parece que vai ser sempre assim... um fim que não mais acaba

Logo se vê que sofrimento de amor fica e deixa o coração marcado...
parado num tempo e num lugar que não mais posso estar e que toda vez que tento
num sonho qualquer me agarrar acabo por assim dizer quebrada,

a porta está mesmo fechada...

O conselho é entregar...


-Elis Barbosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Troca comigo, meu texto pela sua impressão dele ;O)