sexta-feira, 4 de maio de 2007

Inspirado em Procurando Amy


Reflexões de Carnaval!


Amor, o que podemos, de fato, dizer sobre isso?

Fato e amor parecem não caber em uma mesma sentença... um caracterizamos como sentimento, outro como algo que factualmente aconteceu ou é... factualmente, de novo a palavra... às vezes, parece que as palavras mais que dificultam nosso entendimento da sensação das coisas do que de fato as explicam. “Fato” de novo... será essa uma obsessão minha, pessoal, ou de todos nós?

Os fatos vez por outra sobrepujam qualquer possibilidade de florescerem os sentimentos, pelo menos a mim me parece. Falamos de amor, várias vezes e de vários tipos diferentes. Justificamos muitos fatos por conta de um amor. No entanto, o que há de prevalecer? O falo ou o fato? Ato falho? Não.

Que amor é esse, enquanto sentimento, que só se prova ou justifica por meio de atitudes? Quanto de nossos atos temos de renegar, esconder, disfarçar e até mesmo esquecer por conta de um falo (e não estou falando de pau aqui) que demanda uma pureza de atos e fatos impossível à qualquer feitura de carne e osso?

Curioso ouvir quando se fala de amor, e aqui refiro-me a qualquer tipo de amor, como algo gratuito e generoso, que nos invade por querer, irresistível, e que portanto nos daria o direito de invadir a outros, aos que julgamos amar, com nosso tão aclamado “amor”.

E quando não é bem o que esperávamos? E quando o amor não cabe em nossos quadros de liberalidade ou de caretice? E quando tem cicatriz? E quando já passou por umas tantas historias impossíveis de se esconder? O que faria o amor nesse momento? O que fazemos nós?

Perdas... perdas e danos... não creio nisso! Perda + dor = experiência! Não cabe dano na minha sentença, o único dano que podemos ter quando perdemos alguma coisa é o mal uso da experiência, é a grosseria da negação por covardia, é a falta total de sensibilidade em acietar o presente de grego que pode ser o amor que nos sobreveio como o tapa na cara que, no fundo, pedimos desde o inicio! Perdas, sim, dor, algumas profundas, mas talvez essa seja a única formula por onde podemos aprender algumas verdades (que obsessão pela acuidade!!!) sobre essa coisa que nos transtorna sobremaneira... Ainda há tantos mistérios por se revelar...

Será possível um dia pregarmos menos e sentirmos mais, será que seremos algum dia homens (e não refiro-me a falo aqui!!!) o suficiente para deixar que o amor se apresente em todas as formas que nos cabe?

Elis Batista

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sim, eu concordo!!! Sentir eh uma questao tao dificil ainda pra alguns de nohs!!! Sentir, simplesmente sentir...

    beijos

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